Samuel teve dois filhos, Joel (primogênito) e Abias, quais foram juízes em Berseba. Como todo pai, desejou que seus filhos assumissem o seu lugar, mas ambos não andaram pelos mesmos caminhos de Samuel. Como juízes foram avarentos, aceitaram subornos e perverteram o direito, resumindo, foram corruptos. Os anciãos de Israel indignados com essa situação e temerosos do futuro de Israel com esse tipo de liderança pediram a Samuel um rei para governar sobre eles. Samuel é claro, se sentiu rejeitado, e sentiu a rejeição também sobre seus filhos. Vemos aqui a importância do discipulado. A bíblia deixa claro que Samuel andou pelos caminhos de Deus, mas seus filhos não. Nesse acontecimento cabem várias avaliações que podem trazer crescimento para nós mesmos: Samuel soube dividir seu tempo de trabalho com seu tempo com sua família? Samuel soube ser exemplo desejável e referencial dentro da própria casa? Samuel foi discipulador? Samuel não foi paternalista com seus filhos ao não levantar outros sacerdotes para serem juízes sobre o povo? Os filhos de Samuel eram mais importantes do que a obra de Deus, no coração dele? Agora, tire o nome de Samuel dessas perguntas e coloque o seu no lugar e faça essas perguntas para você mesmo. Deus afirma que o povo e os anciãos haviam rejeitado a Ele e não a Samuel (Versículo7 "Disse o Senhor a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele."), mas não podemos nos esquecer de que Joel e Abias estavam perdidos e traziam de volta o tempo de morte espiritual em Israel. Precisamos meditar muito sobre isso.
Nesse capítulo vemos claro o desejo de Deus de governar sobre o seu povo.
Existe uma visão muito errada e preconceituosa que diz que religião e política não se misturam, mas isso não esta de acordo com o desejo de Deus. Deus quer governar sobre o seu povo e Ele faz isso através dos seus ungidos. Sonharmos e trabalharmos com governantes que sejam também sacerdotes esta 100% de acordo com a palavra de Deus.
Deus adverte o povo sobre sua escolha, deixa claro tudo àquilo que deverá ser dado ao rei, mas mesmo assim o povo opta pela monarquia e não mais serem governados pelo sacerdote. Começa em Israel uma nova era.